sábado, 31 de outubro de 2009

Poesia ou Morte


Toda ambção é o princípioi de todo fracaço. (Oscar Wilde)

Nem tudo é poesia

Mas se tempo contasse o tempo o tempo não seria tempo.
Não daria tempo pra dar um tempo.
Quando tempo precisa ter tempo pra dar um tempo ?
Ah se o tempo desse um tempo eu não teria tempo.
Faz tanto tempo que o tempo é uma saudade;
Nem a maldade,
Pode parar o tempo mas, faz tanto tempo que o tempo nem da tempo.
Já não se faz mais tempo como o tempo ;
Nem o relógio sabe contar o tempo. Quem dirá quanto tempo tem
Ah se eu tivesse tempo daria um tempo para ganhar tempo
Diz o dia que o tempo tem 24 h quanto tempo tem o dia para dar 24 h
Ah se a terra não girasse se a noite não chegasse se o dia não raiasse
Ah se o tempo não passasse .




Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009






Semente Morte e Vida



Tu morres e a vida aflora
Lança te no ventre da terra e é aquecida no útero
Longe dos raios de luz na escuridão tu dormes
Para germinar em broto fina flor
Ao rasgar o ventre da terra tua força arriba e se esmera
Vem seus troncos galhos e folhas





Agora imponente ruma destino ao céu
Se alargam teus galhos a luz é teu esplendor
Logo tuas flores e frutos serão teu adorno
E novamente a tua semente surge pomposa cumpriu
Seu ciclo e voltar ao ventre, é seu destino para que a
Morte assim se torne vida .

Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009






Janela da Alma




Ah quão belo é a luz das cores que por ti entram e saem
Por ti a vida passa por ti a vida fica;
Ficam marcas do tempo;
Ficam o tempo das marca;
Mas tudo que por ti passa nada disfarça;
Por tuas lentes a historia se faz ;
De ti também vem algo mais;
Se tu te fechas a luz não entra também não sai;
Por ti jorram rios que alagam a alma;


Por ti a alegria enfeita e acalma;
As tuas Iris também tem vigor;
Mas também tem temor;
Por tua janela vemos partir
Também chegar ;
Mas nada é mais belo
Do que te ver passar
Janela da alma.

Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009





De que tu me formaste.



De ti já disseram que eras achatada
Também tantas forma já te deram por muitas vezes quase te deformaram
Mas tu tens resistido do teu embrenhado
Do alto tu és azul
De baixo tens todas as cores
Ao longo te tua criação tu nos abrigaste
De ti vem o sustento
De ti vem fontes de vida
Pois de ti tudo geraste
Teu criador que tudo moldou
Nada poupou em tua beleza




De tão bela formosa tornaste cobiçosa
Por ti muitos morrem
Por ti muitos matam
Mas morte maior estão te causando riquezas de ti
Estão se drenando ao ponto de não suportares
E por todos os lugares tu pedes socorro
Quem poderá te acudir
Teus veios estão depredados
Teus espelhos estão todos enfermados
Quem poderá te acudir
Terra .
Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009



Do outro lado



Eu vou em um segundo quando La chego
Não sei como voltar, por que devo? se não vou chegar!
A distancia não importa se vou hoje ou amanhã
Se vou agora ou depois o que importa é chegar

Quantas léguas caminhei quantos dias eu vaguei




Sobre vales e montanhas sem rumo La cheguei
Nessas idas e vindas sempre há um ponto de partida
Porto seguro de um cais onde ancoram meus ideais
Volto pois, ao principio de tudo não é começo nem meio nem fim
Apenas o meu jardim
Que fica nem no começo nem no fim
Mas do outro lado de onde vim .




Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009




Onde tudo começou



Quero voltar ao principio de tudo
Onde tudo começou
Onde vi o primeiro amor
Onde a vida termina em flor
Pois onde tudo que se planta
E nasce da
Onde se finca o que não finda
Onde plantei a raiz do meu amor

Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009











Frio olhar



Nada vejo por essa cidade, que não passe de um lugar comum (Ze Ramalho)
Quando o jardim das Acássia brotaram, essa frase tinha sentido (Ze Ramalho)

Pois a vida era pacata não passávamos de cidadãos comum.

Escondo me do teu olhar pois me ofuscas e me inebria
Estou a palo seco, não há penumbra que me encubra pois tudo tu vê.
Não mais tenho pudor pois de tudo tu levou
Estou desnudo, diante do teu olhar imaculado
Pelo teu pulsar
Passas praças viaduto em todo lugar tu estas
Quem veria, se não tu que tudo podes observar
Em meu leito não mais durmo
Pois ate La me escuso, não há lugar
Como tu podes me importunar
De uma coisa é certa tu és fiel pois me segues por onde eu vá
Muitas das vezes me antecede pois, quando chego tu já estas


Com aquele seu frio olhar me pego a imaginar
Por tu me notar
Deveria me sentir seguro com tanta dedicação
Mas nem mesmo por um segundo, me conforto com a situação
Não te importas nem em disfarçar esse teu olhar
Sempre brilhante e cintilante tua Iris esta a me fitar
Como podes tu me notar
Muitos adoram pra ti pousar
Mas outro não querem nem ouvir falar
De fator tu ES estrela pra uns
Pra outros és pesadelo
Tu ate registras momentos de felicidades
Mas nem tudo são flores
Em ti congelam até o tempo
Nesse teu frio olhar de câmera.
Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009


Boca



Ah !quantas vezes tu feristes
Quantas vezes magoastes
De te saem doçuras
Também pode sair fel
Quando tu magoas
É ao coração que acusas
Nunca assumes o que proferes
As vezes ES ruge carmim
Outrora da cor de amora
Como ES bela e formosa

Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009


Pés sangrento


Pelo caminho nessa estrada
Na longa jornada da vida
Fui retirante
Na alvorada
Fui andarilho
Na estrada da vida
A frente só o horizonte
Atrás só o passado
Na longa jornada da vida
Caminha meio distante
Passo a passo na estrada da vida
Autor : Odem de Almeida Santos
30/10/2009


A grande Roda

O vento uiva corta o ar em direção ao nada
A meia lua já é cheia ou será minguante e meia
Num rabo de arraia marambáia
Ah ! com vinco forte desaba o norte
Pernas e braços
Da labuta
Ou mambaço
Atingem o laço
Tecido no fino aço
Com alma de cangaço
Os lampiões
Ou os Zumbis
As Caatingas
Ou Palmares
Rabo de arraia marambaia
Autor Odem e A. Santos 31/10/2009

O bonde

Sentado aqui sobre o monte
Donde enxergo o bonde
La de traz da serra
Vejo a estrada de terra
Que leva quem vai
E traz quem chega
Tudo por um instante
Fica que mesmo distante
No encontro de quem vem ou vai
Quem parte leva a saudade quem chega
Traz a alegria
Uns pranteiam de tristeza outro de alegria
E La vai o bonde finda só Deus sabe onde



Cadeira Vazia


Quantos ideais ,quantos sonhos sufocados.
Querer bem pode querer mau
Desejar uma pátria livre, nem sempre livra a Pátria!
Quantos eram os calabouços?
Quantos gritos ouço.
Do fundo da alma
Quem pranteia também acalma;
O grito sufocado
O gemido é estrangulado.
Ah aquela garoa
Dias nublados,
Corredores frios,
Penumbras.
Não ouço mais, não vejo alem!
Quem foi não voltou.
Quem volta não esta presente, lucidez não há .
Que mau há em sonhar a pátria livre !
Livre são meus pensamentos.
Me conduzem por entre campos verdejante;
Não há paredes nem grades que limitem nem vagueiem.
Quando em pensamento vôo não há fronteiras.
Mas que mau há em sonhar a pátria livre.
O poder esta vazio
Na cadeira não há cérebro
Apenas carnes e ossos
Mas que mau há em sonhar pátria livre .


Autor : Odem de A. Santos
31/10/2009




Fundo Xadrez



Amarelada pelo tempo conta a história de uma vida
O orgulho de uma juventude
Outros tempos tão formosa
Que belas curvas redigidas
Muitos são presentes outro recordação
Mas mesmo os ausentes
Estão em comunhão
As marcas do tempo
Diz que já é hora
Mas os doces momentos diz que vigora
Aquele instante do flash eternamente em suas vidas
Não há momento mais sublime
Pois congela o tempo em chão de giz
Ao fundo xadrez

Autor Odem de A. Santos 31/10/2009





Chama Sem Fim

Esse fogo que me aquece e acalma
Que forja minha alma
Que esculpe o meu ser
Tantas vezes perdido
No peito escondido pra alimentar o meu ser
Esse amor bandido
Que em outrora proibido
Que insiste em meter
Deixado de canto como um trapo
Vem de encontro me ver
Feche os olhos que agora eu vou te mostrar
Quem sabe ate levar
A um outro lugar
Só não sei se a vida é ruim
Ou faço pouco de mim
Se em algum outro lugar
Um dia você me encontrar
Venha mais perto de mim
Venha meu corpo te aquece
Ou mesmo te enlouquece
Só uma vez mais
Pra ver o que você faz
Trazendo pra dentro de mim
Aquela chama sem fim .

Autor: Odem de A. Santos
31/10/2009







O que pode ser


Não vejo linhas nem retas nem curvas nem círculos
Onde estas vazio que ocupa meu espaço
É o único compasso
Que tempo espaço agita todo meu ser
Nada vem nada vejo nada crio nada exerço
Nada nado, nada escrevo
Nada digo nada vejo
Onde estas vazio que ocupa o meu ser
Se traço um passo perco o compasso
O que posso ser
Se nada vejo
As fronteiras estão guardadas
O que há de ser
Há de ser um insurgente
Ou quem sabe um valente
Que oprima meu ser
Não há quem me ouça
Não há quem me vê
O que posso ser
Sou pele
Sou alma
Mas nem tudo me acalma
O que posso ser
O mundo é tão distante
Que nem posso ser
O que há de ser
Há de ser o ontem
Há de ser o amanhã
O que pode ser
O aflito me acalma
E entende minha alma
O que pode ser
Pode ser luz
Pode ser noite
O que há de ser
Nem Cervantes
Nem Dante
Nem o diamante
O que pode ser
Busco minha alma
O que serve acalma
O que pode ser.

Autor : Odem de A. Santos
31/10/09










Vazante !

As horas passam, o compasso da máquina do tempo
Ecoa com o silencio da noite .
Noite essa, que parece nunca ter fim.
A penumbra da madrugada esconde e encobre a aflição
O aflito entende sua alma alargada na imensidão
Oh ! noite que tu escondes?
O silêncio me acalma
Mas enlouquece minha alma.
Não há fronteiras
Quando se cruza o meridiano
Não tem ledo engano
Noite que tu escondes?
Se não é esse teu querer
Minha mente vagueia
Meu corpo incendeia
Ah ! Hora vazante.
Que de um mundo distante vem ao entardecer
Agora todo meu corpo se acalma
Vem de novo o amanhecer
E nessa vazante eu mesmo distante
Vim te conhecer.

04/11/2009
Poema sem começo e Sem fim!
....... Hoje eu tive um sonho
Sonhei que vida era bela
Bela; como era no principio de tudo.
Onde o amor não tinha rival
Onde a dor não alcançava o amor
A morte não vence o amor mas causa imensa dor
O mundo anda empobrecido
Não há quem.......


Canteiro Urbano!


Brotam por entre as gretas
Nas praças viadutos
Nas sarjetas e nas Gares
Nos bueiros e escaninhos
Nas lombadas e marquises
Nos outeiros e chafariz
Nos alambrados e bodegões
Quantas flores espalhadas
Amanhece o dia desabrochada
Ah! Que imenso jardim .
Sem nenhum jardineiro
Que o pudesse regar
São flores tão belas
Mas ninguém quer notar
Qual será a lapela
Que irá te abrigar
Flor de Liz ou crisântemo
Uma rosa ou manjericão
Ou será capim dourado no sertão?
São tantas flores mas ninguém pra ti notar
Todos os dias ao amanhecer, surge uma nova flor
Elas estão ao longo do caminho
De que vai ou de quem vem
De quem fica ou de quem parte
Suas pétala, estão sempre estendida
Buscando alcançar uma guarida
Mas não há quem possa te alentar
Oh pobre flor perdida!
Se algum dia alguém te regou
Por que te desprezou.

(Aos povos desabrigados nos centros urbanos)
Autor: Odem de A. Santos 05/11/2009

A Muralha

Que distancia é essa que nos separa
Vai uma graxa ai moço
Tão logo o farol fecha La vem ele
Ou naquele balcão me paga um pão moço?
Posso tomar conta ai moço?
Para onde se olha alguém pede socorro
São malandros
São saltimbancos
São palhaços
Equilibristas
Os alquimista
E os ermitão
Todos numa imensa solidão
Que se divide com a muralha
Da ilusão.
Autor : Odem de A. Santos 05/11/2009




Águas que te quero águas



Ainda ontem as águas que desceram da serra inundaram o Riachão derrubou casas inundou plantação
Levou embora toda criação.
Águas que matam a cede que encharcam o chão .
Águas que caem das nuvens sobre a plantação.
São as mesmas águas que geram no ventre o embrião.
Águas que levam do porto também traz solidão.
Águas que refrigeram o corpo também sorvem lagrimas que não deram perdão.
Águas que rolam no rio fazem da pororoca um turbilhão.
Águas de março águas de verão são as mesmas águas encharcam o chão
Águas que seguem tranqüilas .
Águas descem em cascatas em forma de véu na imensidão.
São as mesmas águas que molham o chão.
Águas que abrem em fendas e cobrem os vales .
O caminho do mar é seu rumo e direção.
São as mesmas águas que voltam ao céu,são as mesmas águas que encharcam o chão.


Autor: Odem de Almeida Santos
13/01/2011

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