domingo, 1 de janeiro de 2012

FUNDAMENTALISMO

      Fundamentalismo é a estrita aderência a um conjunto específico de doutrinas teológicas tipicamente em reação à teologia do Modernismo. O termo "fundamentalismo" foi originalmente designado por seus defensores para descrever uma lista específica de credos teológicos que se desenvolveu em um movimento na comunidade protestante dos Estados Unidos na primeira parte do século XX, e teve sua raiz na Controvérsia Fundamentalista-Modernista dessa época.
      O termo desde então tem sido generalizado para significar a forte aderência a qualquer conjunto de credos em face do criticismo ou impopularidade, mas tem mantido suas conotações religiosas. [4]
      O Termo fundamentalismo popularmente empregado refere-se pejorativamente a qualquer grupo religioso de infringentes de uma maioria, conhecido como Fundamentalismo religioso, ou refere-se a movimentos étnicos extremistas com motivações (ou inspirações) apenas nominalmente religiosas, conhecido como Fundamentalismo étnico. O Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo.
      Fundamentalismo "é um movimento que objectiva voltar ao que são considerados princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do determinado grupo". Especificamente, refere-se a qualquer grupo dissidente que intencionalmente resista a identificação com o grupo maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro grupo maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.
      No estudo comparativo das religiões e etnias, fundamentalismo pode se referir a movimentos anti-modernistas nas várias religiões.
      Por extensão de sentido o termo "fundamentalismo" passou a ser usado por outras ciências para significar uma crença irracional e exagerada, uma posição dogmática ou até um certo fanatismo em relação a determinadas opiniões, como em Economia ocorre com "fundamentalismo de livre mercado".
      Protestantes americanos
      Fundamentalismo como um movimento surgiu nos Estados Unidos, começando entre os conservadores teólogos Presbisterianos na Seminário Teológico de Princeton no final do século XIX. Isto logo se espalhou entre conservadores Batistas e outras denomições por volta de 1910-1920. O propósito do movimento era de reafirmar antigas crenças dos cristãos Protestantes que zelosamente a defendem contra a teologia liberal,alto criticismo, Darwinismo, e outros movimentos que consideram como ameaçadores ao cristianismo.
      A primeira formulação das crenças do fundamentalismo americano podem ser ligadas à Conferência Bíblica de Niagara e, em 1910, à Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana cuja doutrina se gerou o que ficou conhecido como os "cinco fundamentos":[5]
      A inspiração da Bíblia pelo Espírito Santo e a inerrância das escrituras como resultado disto.
      O nascimento virginal de Cristo.
      A crença de que a morte de Cristo foi a redenção para o pecado.
      A Ressurreição de Jesus.
      A realidade histórica dos milagres de Jesus.
      Fundamentalismo islâmico
      Os conflitos religiosos entre os Xiitas e os Sunni desde o 7º século criaram ideologistas radicais, como Ali Shariati (1933–77), mesclando revolução social com fundamentalismo islâmico.
      [editar]O uso do termo
        Fundamentalistas Cristãos que geralmente consideram o termo positivo quando referente a eles próprios, freqüente e fortemente objetam em se colocar numa mesma e única categoria com os fundamentalistas islâmicos e os agrupam em outra categoria. E até mesmo os que aceitam o termo de fundamentalistas islâmicos objetam quando são amplamente rotulados junto com facções que usam seqüestro, assassinato, e atos terroristas para alcançar os seus fins.
        Entretanto não há nenhuma objeção para o uso do termo fundamentalista quando usado descrever só grupos Cristãos, e também nenhuma objeções para o uso do termo fundamentalista muçulmano.
        Muitos muçulmanos também protestam contra o uso do termo ao se referir grupos Islâmicos, porque o termo ‘’islâmico’’ abrangeria todos os religiosos inerentes ao Corão, e os escritores ocidentais tem usado o termo só para se referir a grupos extremistas.
        Além disso, a maioria dos grupos muçulmanos que também foram fortemente rotulados de fundamentalistas objeta ser colocada na mesma categoria com fundamentalistas Cristãos o que eles vêem como religiosamente incorreto, pois não vem distinção teológica entre cristãos fundamentalista e não fundamentalistas. Distintos grupos de fundamentalistas cristãos ou islâmicos não usam o termo fundamentalista para referirem-se a eles próprios ou reciprocamente.

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